sexta-feira, 28 de março de 2008

Sessão: Bebês adultos


Enquanto toma seu café-da-manhã, Livia Wanderrocsky pensa na reunião às 9h como a gerência de marketing.


Foto: Fernanda Falcão

terça-feira, 18 de março de 2008

Michel X


Excelente (e ponto final).

www.worth1000.com

quinta-feira, 13 de março de 2008

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Andando pelas ruas de Copacabana, descobri que eu sempre estive em lugares errados a minha vida toda, enquanto podia ter resolvido todos os meus problemas em um pequeno espaço de terra.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Êta vício(s) da porra!

Eu nunca tinha parado pra pensar, e também ninguém fez o favor de avisar, o quanto eu vivo, e me mantenho viva, através de vícios. Não sou drogada nem alcoólatra, mas vício por vício, eu tenho os meus de estimação.

Sou viciada em escrever. Esse é um dos mais graves. Às vezes nem sinto vontade de falar muito sobre um determinado assunto, mas escrevo laudas e mais laudas, entusiasmada. Deixo de assistir aulas da faculdade, deixo de me formar para desenhar no papel aquelas palavras carregadas de significação. Ouço alguma coisa legal que dá uma poesia e escrevo! Ontem mesmo, em conversa com um amigo, guardei: "Terminei com ela, Fefa, mas antes eu disse: quero seu sorriso, seu cabelo, seu cheiro, suas pernas, sua dignidade, seu suor, seu bom-dia. Quero tudo que é seu.".

Sou viciada em coca-cola zero. Quando tem, bebo. Quando não tem, compro. Quando não tem e não dá pra comprar, enlouqueço. Não me interpretem mal. Não sou viciada nas coisas lights e zeros da vida, até porque zero é nulo, mas sou infinitamente grata pelo gosto saboroso daquela bebida, que não é um simples refrigerante de baixa caloria.

Sou viciada em salaminho. Se alguém descobrir uma mistura melhor que cerveja e salaminho numa sexta-feira após um dia de trabalho árduo, não me chame pra experimentar mas para defender o italiano e insubstituível. Já diria Roberto Frejat em sua mais famosa música, Por você: “Por você eu dançaria tango no teto/ Eu limparia os trilhos do metrô/Eu iria a pé do Rio a Salvador/ Eu aceitaria a vida como ela é/ Viajaria a prazo pro inferno/ Eu tomaria banho gelado no inverno”. Ou vocês acham mesmo que ele escreveu essa música por amor a uma mulher? Me poupem. É tão óbvio que o salaminho gera tudo isso nas pessoas... Experiência própria!

Sou viciada em dormir (podem manifestar-se bastante agora. Cheguei ao ponto principal). Páro e durmo. Ônibus, metrô, barcas, em pé, sentada, fazendo yoga e esses são só alguns exemplos. Adoro a minha cama e tudo que tem nela, inclusive as molas que proporcionam um movimento involuntário. Adoro as camas dos meus amigos, desde que me deixem dormir e eu não precise fingir que vou ao banheiro, até porque já ficou ridículo.

Sou viciada em bolsas, roupas, maquiagem, que eu defino como coisas de mulherzinha. Prefiro ficar dura o mês inteiro e comprar a bolsa dos meus sonhos (tudo bem que toda bolsa que quero é A bolsa) a guardar dinheiro para sair todo final-de-semana. Acabo conseguindo as duas coisas, isso que é melhor ainda. Minha mamãe querida sempre faz um agradinho.

Sou viciada em vida . Tenho medo de morrer sem dizer aquilo tudo que eu queria dizer. Tenho medo de me arrepender. Não por ter feito algo, mas por não ter feito. Tenho medo de não trabalhar em todos os lugares com que sonho. Medo de não viajar a Europa e trilhar os passos de Da Vinci. Tenho medo de ficar viciada demais em todas as coisas descritas acima e simplesmente esquecer de me viciar um pouco mais em todas as outras.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Seminário aborda conceitos de jornalismo online

Completando oito anos de vida, o site Jornalistas da Web (JW) com o apoio da British Council, promoveu,no dia 28 de fevereiro, o Seminário de Jornalismo Online, realizado no Auditório do Campus II da Facha (Faculdades Integradas Hélio Alonso, Rio de Janeiro). Mário Cavalcanti, fundador, diretor e editor executivo do JW, foi o mediador do evento. A mesa de palestrantes era composta de duas profissionais atuantes no mercado: Sabrina Valle, jornalista do Globo Online, e Renata Castro, assessora de Comunicação da Shell. Como contraponto, dois outros com experiência em ensino de jornalismo online e disciplinas ligadas à nova mídia: Maracy Guimarães, professora e jornalista especializada em comunicação comunitária, e Bruno Rodrigues, instrutor de Webwriting, consultor em informação para mídia digital da Petrobrás e professor de Pós-Graduação e Cursos de Extensão, ambos da Facha.

Bruno iniciou o debate falando do lado negativo da profissão do jornalista de Web: “Nos dias de hoje, os estudantes se formam já para o mercado de internet, cuja linguagem diferenciada assusta: matérias rápidas, de fácil entendimento e, em alguns casos, sem o profissionalismo exigido no jornal impresso - o famoso imediatismo”. Na faculdade, a idéia que é passada é outra. Algumas já introduziram no currículo matérias obrigatórias de linguagem direcionada à nova plataforma de comunicação, outras ainda possuem um déficit significativo que vem tomando grandes proporções na área de atuação. O professor afirmou, também, que os jovens acadêmicos precisam dominar uma ferramenta de publicação em caso de uma situação emergencial. Na mudança de um título, um erro ortográfico ou um furo de reportagem que, necessariamente, deve ser publicado in time, até mesmo para atuar em comunicação empresarial, fazendo conteúdo para comunicação interna e sites institucionais.

Jovem atuante defende a formação generalizada do profissional
Sabrina foi a segunda a discursar e discordou da posição de Bruno e de outros participantes da platéia, quando diziam que o Brasil estava atrasado tecnologicamente em relação à exploração de texto para Web nas grandes instituições de ensino. Ela defendeu a idéia da profissão como um todo. Desde 1808 existe imprensa e, somente, há 13 anos, internet e nem por isso as pessoas deixaram de comprar seu jornal pela manhã, a caminho do trabalho ou no intervalo de uma reunião. O jornal online veio para multiplicar informação diária e não para gerar conflitos, muito menos competição. É mais do que garantido o consumo do jornal de papel por certo indivíduo que é freguês há 20 anos e vai continuar sendo por mais 30. Renata completou Sabrina relatando sua primeira experiência, como estudante, na Escola de Comunicação da UFRJ: “Fazíamos um jornalzinho que era distribuído entre os alunos da faculdade, até que surgiu uma oportunidade de tirar do papel e colocar em formato html. O TJ não mais seria, exclusivamente para os estudantes. Aos poucos, se tornaria um site de comunicação de massa como outro qualquer.”

Maracy alerta para os tempos de estudante, na Facha, época em que o computador nem sonhava em ser criado, muito menos a internet, e a máquina de escrever dominava as aulas de redação: “Se você levantasse para ir ao banheiro, tinha que tirar uma letra do teclado e guardar no bolso para que outro não roubasse o seu instrumento de trabalho. Era uma disputa acirrada”. Lembra, também, dos estágios nas pequenas emissoras de televisão, da precariedade do equipamento, da falta de transporte e de público: “Na TVE, dificilmente conseguíamos uma notícia-bomba, quando isso acontecia era porque ligávamos para a agência de notícias falando que éramos da equipe TV Globo, assim eles nos passavam a informação e dávamos o furo de reportagem, só não tinha audiência”.

Com 18 anos de formada, Maracy diz ser muito grata por todas as oportunidades da vida, por ter acompanhado de perto o processo de digitalização da informação – no Jornal do Brasil – e afirma que a internet é um bem maior para a evolução do ser humano e que todos deveriam entender por esse ponto de vista, inclusive os jornalistas. São transformações naturais que não têm freio: “Primeiro foi o jornal papel, depois a TV, o rádio, internet e por aí vai”, avalia. O melhor é absorver e esperar pela próxima novidade, que pretende agregar todas as diferentes plataformas de comunicação num só meio.


Fernanda Falcão

segunda-feira, 3 de março de 2008

Começou...

A história do nome desse Blog, cujo tempo de leitura está sendo gasto por vocês e conseqüentemente o dinheiro, é bem aleatória, assim como a decisão de criar um. A gente entra na página de alguém e lê coisas tão estimulantes e criativas como: “Sempre quis saber como era a Puta que o pariu. Deve parecer com o Rio. Pelo menos é a impressão que eu tenho.” e dá aquela vontade de escrever loucamente sobre as outras palavras de baixo calão que envolvam mães, 24 horas por dia, sem cessar. Tudo bem que já o faço como jornalista, quase nunca do jeito que me dá vontade, como é de praxe, e sim o que me é mandado. Não me interpretem mal, não é nenhum tipo de reivindicação em relação a profissão, mas fico imaginando as expressões nos rostos das pessoas no dia em que eu publicar um dos meus textos feministas na home de algum veículo de comunicação... Talvez a guilhotina seja meu destino final ou qualquer uma dessas torturas em praça pública.

Voltando ao milho, esqueci de me apresentar. Me chamo Fefa, porque é assim que as pessoas me abordam na rua, no telefone, na faculdade e muita gente já nem sabe qual o nome que carrego na identidade (não, não é Fefolina, Fefátima ou qualquer bizarrice do tipo). No estágio, o apelido também pegou e assim um, nenhum, ou outro me chamava de Fernanda, o que soava esquisito. Aquele velho papo de que quando a mãe resolve gritar todas as letras que compõem o seu nome, você já pode deitar em posição letal e rezar para que a vida dure por mais uma semana, pelo menos para não perder aquela festa onde todo mundo do seu meio social vai estar. Drama? Não, é só um desespero(zinho) de não estar a par de todos os acontecimentos do final-de-semana, que vão durar comentários de um mês, talvez até dois.

Aonde eu estava mesmo? Ah, no milho... Bom, tenho muitos amigos em Minas, isso não tem a ver com milho, mas faz parte da estória que estou tentando contar e que toda hora desvio o rumo. Enfim, um dia conheci o Thiaguinho, um inho que era quase inha. Um ão que era quase ona e por mais um segundo na barriga da mãe, nascia moça. Uma figura de chorar de rir. Estávamos na praça (aliás, por que toda cidade de interior tem uma praça?) e ele veio correndo na minha direção. Não estava entendendo nada, mas sorri, como quem diz: quem é esse louco? E ele/ela continuou se aproximando até que já bem perto, articulou: Você que é a famosa Pepa? Um turbilhão de pensamentos passou pela minha cabeça: Será que erraram meu nome? Será que perdi o meu sagrado, e não imitado, nome que Cazuza tinha protegido em um codinome beija-flor? Na hora só me veio à cabeça responder: não, é Fefa. Alívio momentâneo. Logo em seguida, ouvi palavras que ecoavam: Ah, é porque eu conheço um tal de Pepo, Pepa... E eu me pergunto: Como?

Comer, na primeira pessoa do singular, me lembra Pipoca. Agora, eu possuía três signos: o verdadeiro, o costumeiro e o inventado. A partir daí que surgiu a história da Pipoca, quando conheci o gênio Luiz Felipe, estudante de Cinema da UFF (ou Ofo, como quiserem). Nós saímos para beber certo dia, numa manhã de sol estilo Joseph Climber, e comecei a contá-lo a história do “Pepa”. Ele soltou belas risadas e completou: Pepa, você é Pipoca porque é um estouro. Pronto, falei! E sem mais delongas, eis que surgiu: Acabou o milho, mas não a Pipoca, contrapondo-se ao famoso: “Acabou o milho, acabou a pipoca”, pois essa que vos fala não morreu na guilhotina ou queimada, por ainda não ter publicado nenhum de seus textos feministas, ainda...